#DicaPesquisa22
Cuidado com os vícios de linguagem. Acho que todos nós temos apreço por determinadas expressões, mas é bom prestar atenção atenção para evitar a repetição que incomoda o leitor ou ouvinte. Dilma, por exemplo, repetia muito “veja bem” e o golpista abusa do “evidentemente”.
Em trabalhos acadêmicos devemos usar a norma culta. Não use “a nível de”. Eu não aconselho nem “em nível de”, pois há expressões melhores, como, por exemplo: “em relação à”, “no que concerne”, “no que diz respeito a”. Sei que a língua está mudando, mas usar adequadamente os demonstrativos “esse” e “este” é sempre bom. Há momentos em que lemos “esse trabalho” e ficamos em dúvida se o autor quis dizer “este trabalho” ou está mesmo se referindo a algum trabalho que acabou de citar.
Outros vícios comuns são:
1. Implica em: Implica não precisa da preposição em, pois “em” (in) já faz parte da palavra.
d2. Vai de encontro: na maioria das vezes em que vejo essa expressão, a pessoa está usando no sentido de “vai ao encontro”. “Vai de encontro” significa chocar com a opinião do outro, ou seja, desacordo.
3. Através (ideia de movimento transversal): melhor usar “por meio de” quando a ideia é “por intermédio”
4. Haviam em vez de havia: o verbo haver é impessoal no sentido de existir.
Não se esqueça também que o subjuntivo ainda não morreu na norma culta e que o gerundismo ainda não entrou na norma culta. Use o subjuntivo (ex. “se a tendência se mantiver” e não “se a tendência se manter”) e esqueça o gerundismo (ex. “você vai entregar seu trabalho” e não “vai estar entregando”).
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