Tortura em nome da religião
Acabo de tomar conhecimento da existência de um jovem ateu que é obrigado pelos pais a fazer jejum até as 18 horas dois dias por semana e que sofre assédio moral constantemente pela opção de não acompanhar o fanatismo dos pais e parentes. Alem disso, mataram o cachorro da família por acreditar que o cão era gay.
Até quando vamos conviver com esse terrorismo em nome de religiões?
7 Comments:
Lamentavel! Pobre jovem, quanta dor! Tive um amigo de infância que tirou a vida por conta do fanatismo dos pais. Ele era filho de militar evangélico e era obrigado a jejuar todo domingo e ir ao culto quatro vezes por semana, aos 22 anos ele se matou. O pai enlouqueceu e a mãe deixou a casa.
Vera, fui evangélica por 43 anos, hoje sou ateia convicta.
Imagino como o jovem deve sofrer, a morte para ele seria melhor ou sair da cidade dele para sempre.
Beijos querida.
Margarida Maia
Margarida,
Ele tem 18 anos e está tentando arrumar um emprego. Espero que consiga se libertar logo desses fanáticos.
Eu tambem sou ateu, fiquei feliz em hoje saber que existe a ATEA. Agora sei que não estou sozinho nessa. Eu não assumo que sou ateus pois tenho medo que isso aconteça comigo. Minha família é muito religiosa, se eu digo que sou Ateu, você ja deve imaginar o que acontece né?...Abraços..Sou estudante de Engenharia. Religião não forma caráter.
O cão era gay, o gato era biólogo evolucionista, o papagaio era comunista e o bezerro era apóstata. O cão morreu linchado, o gato morreu na fogueira, o papagaio foi morto "por engano" pela PM e o bezerro brutalmente amolado -- quer dizer, amolaram-no com a ladainha evangélica até a falência de todos os órgãos. O banquete seguiu-se à farta, do qual o nosso compadre de 18 anos não participou, obrigado que estava ao jejum.
Mas não se suicidou por isso. Descolou um trabalho, foi morar num dois-cômodos, ou numa pensão, permaneceu nos estudos, arranjou alguém para amar e ser amado, não capitulou a ninguém nem a nada, e há vários anos não tem notícia dos sacratíssimos genitores, com quem rompeu todos os laços afetivos e morais. E não haverá de lhes apresentar os netos, simplesmente porque não se sente obrigado a fazê-lo, se estes um dia aparecerem.
Em suma, o rapaz ganhou.
Mas viu, esse negócio de família religiosa é gozado, porque existem religiosos e religiosos. Conheço uma família cujos pais são daquele culto do José de Paiva Netto, o do coraçãozinho azul. O filho, André, é marxista e meio, antropólogo, está envolvido numa pesquisa interessantíssima sobre os Tupamaros, no Uruguai. Ateu até debaixo d'água. E vocês precisavam ver o respeito e a admiração que os pais nutrem pelo filho, os quais evidentemente são retribuídos com respeito e admiração. Os pais são uma gente muito simples de coração, gente alegre, trabalhadora e honrada, e acreditam sinceramente que Jesus Cristo não apenas vela por nós como voltará ao mundo para governar, e que anjos da guarda nos acompanham, e que viveremos eternamente, até a Redenção. O André ralha com eles de brincadeira, dizendo que o negócio dele é mesmo o Diabo. E os pais morrem de rir, e devolvem a ralhação no mesmo tom, dizendo que o Diabo só existe na cabeça de quem não presta. E depois vão cantar na cozinha, o pai tocando viola, e a velha mãe cantando músicas caipiras, a mulher parece um rouxinol. E nunca houve na casa uma gritaria, uma baixeza, um aborrecimento desnecessário, posto que os cônjuges nunca brigaram. André e a irmã não se lembram de alguma vez ter visto os pais de cara amarrada, ou fazendo intrigas, ou ofendendo-se mutuamente.
O problema não é ser religioso ou não ser religioso. Famílias sem religião também nutrem relações sem a mais mínima saúde mental. O problema é outro, está com a natureza das relações.
não sou ateu, mas to quase virando.
Eu sofri no meu trabalho por silplesmente questionar a existência de Deus, realmente ser ateu hj eh dificil.
Olá Vera, cheguei ao seu blog através do portal ATEIA, e sou ateu com extrema convicção. Lembro-me de um comentário do sr. Richard Darwiks, autor de "deus - um delírio" dizendo que grupar ateus é como "arrebanhar gatos". Discordo, pois a existência desta comunidade na web mostra que podemos nos organizar, visto pelas inúmeras ações movidas contra a Band e o sr. Datena, por falar suas bobagens de "deus no coração"... e usando um jargão que ele utiliza muito: "ahhhh, me ajuda ai, pô" e pare de pegar no pé dos ateus! Grande abraço, Vera.
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