#DicaPesquisa 34
OPINIÃO PESSOAL
Sou
contra o modismo de criação de novos termos para substituir termos já
consagrados. Três exemplos são: ensinagem, aprendente, ensinante. Sei que meus
colegas que usam esses termos pretendem dar novas dimensões a ensino e
aprendizagem, aprendiz e professor. Não os condeno. Vejo 5 problemas nessas
substituições. (1) Não há na maioria dos textos uma justificativa para essa
adoção e o leitor nem sempre sabe o que significam. A primeira vez que li
“ensinagem”, lembrei-me de engrenagem e fiquei achando que era ensinar como se
fosse uma linha de montagem. O termo definitivamente não nos leva à ideia de
ensino+aprendizagem; (2) O sentido não está na palavra e é uma ilusão achar que
quem lê esses termos dá a eles a interpretação que o autor quer; (3) As pessoas
adoram modismos e alguns passam a adotar os novos termos sem mudar,
necessariamente, seus conceitos. Em breve o novo termo se desgasta. (4) O uso
desses termos é um problema quando há citação de outros autores. Por exemplo, será
que o conceito de professor em uma citação é diferente do de quem adota
“ensinante”? O texto vai usar os dois termos sem uma justificativa? (5) Autores
traduzidos gostariam de ver seus textos com esses termos nas traduções? Eu ficaria
muito incomodada.
Mas
se sua opção é pelos novos termos, pelo menos justifique e explique o que essas
inovações lexicais significam para ajudar seu leitor. Lembre-se que o jargão de
seu grupo nem sempre é entendido pelos que não pertencem à sua igreja.
Em
tempo: não me perguntem o que significam por que até hoje não entendi. Já achei
explicações diferentes e continuo perdida.
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